ACM Neto critica volume de empréstimos do governo Jerônimo e questiona resultados

Política

O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, usou as redes sociais nesta terça-feira (1º) para criticar o volume de empréstimos contratados pelo governo da Bahia nos últimos dois anos e meio. Segundo ele, a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT) já acumulou cerca de R$ 18 bilhões em novas dívidas, sem resolver questões consideradas básicas pela população.

“O que é que daria pra fazer com 18 bilhões de reais? Daria pra construir duas pontes Salvador-Itaparica. Quase 250 hospitais municipais por toda a Bahia ou mais de 100 mil viaturas policiais blindadas. Dava para colocar escola de tempo integral em todo canto. E o povo continua esperando o básico”, afirmou Neto em vídeo publicado nas redes.

O ex-prefeito também criticou a propaganda institucional do governo estadual, que tem destacado avanços em áreas como saúde, segurança e infraestrutura. Para ele, os indicadores mostram um cenário bem diferente da propaganda oficial.

“A Bahia segue como o estado mais violento do Brasil, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Temos uma das piores coberturas de atenção básica em saúde do Nordeste. O estado está entre os piores do país em mortalidade infantil. A fila por cirurgias e exames só aumenta, e a população sofre nos postos de saúde”, apontou.

ACM Neto ainda levantou dúvidas sobre a aplicação dos recursos provenientes dos empréstimos. “Estamos falando de bilhões de reais, que o povo vai pagar com juros, enquanto falta remédio nos hospitais, falta segurança nas ruas e sobra propaganda no horário eleitoral. O problema não é falta de recurso. É falta de gestão, de prioridade e de compromisso com a verdade”, disse.

Desde o início do governo Jerônimo Rodrigues, em 2023, a Assembleia Legislativa da Bahia já autorizou a contratação de R$ 18,2 bilhões em empréstimos. Apenas em 2024, o montante autorizado supera R$ 9,4 bilhões, com contratos assinados com instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, BID e Banco Mundial. Os recursos têm sido direcionados para áreas como mobilidade urbana, saúde, segurança, saneamento, infraestrutura e pagamento de precatórios.

Para comparação, o governo Rui Costa (2015–2022) contratou aproximadamente R$ 9,1 bilhões ao longo de oito anos, enquanto a gestão de Jaques Wagner (2007–2014) somou R$ 17 bilhões em empréstimos.

Apesar dos valores elevados, a Bahia ainda não dispõe de mecanismos de transparência que permitam à população acompanhar, em tempo real, como esses recursos estão sendo executados. “A Bahia precisa de um governo que saiba fazer mais com menos, não menos com tanto”, concluiu ACM Neto.

Com informações do Jornal Correio.

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